Hoje foi revelado o motivo do castigo de Neres: usou as expressões “chupa” e “chora bebé”, visando Otávio e Pote, numa live no Instagram.
David Neres foi castigado com um jogo de suspensão, que o afasta do encontro da Supertaça, por insultos ao portista Otávio e por ter identificado o sportinguista Pote num vídeo em direto. Mas escapou ao castigo relativamente ao vídeo gravado na Luz, em que se ouve o extremo dizer “chupem lagartos” e “chupem tripeiros”. O Conselho de Disciplina da FPF explicou esta quarta-feira porquê.
Aquele órgão federativo explica que o brasileiro, de 26 anos, alegou desconhecer, “por completo, a existência desses vídeos” e que “não conhece o respectivo conteúdo, não conhece os seus eventuais autores, nem sabe, portanto, se os vídeos são ou não verdadeiros” gravados na Luz, após o Benfica-Santa Clara, na celebração do título.
Mesmo que a voz de Neres seja percetível, o CD refere não haver “segurança e certeza jurídicas suficientes quanto à genuidade ou integridade do vídeo, nem de que a sua divulgação/produção tivesse sido autorizada até porque foi realizado num contexto de reserva (mesmo que se admita uma permissão na sua obtenção)”, daí que tenha sido absolvido.
“No caso concreto, a impossibilidade de valoração de tal vídeo prende-se com a circunstância de tal vídeo não ter captado a imagem de pessoas num espaço e momento públicos, mas sim num contexto de reserva – momento posterior ao jogo e já depois do público ter saído do estádio, tendo ficado apenas os jogadores e algumas outras pessoas afetas ao clube a celebrar”, sublinha-se.
Pelo, foi castigado pelo ‘live’ a caminho do Marquês, quando visou Otávio e Pote, usando as expressões “chupa” e “chora bebé”. O entendimento do Conselho de Disciplina foi claro: “Tais expressões, apesar de não constituírem difamação ou injúria, não são neutras, inócuas ou assépticas pois valem pelo e no seu exato contexto: são vexatórias e procuram exibir a vitória de um campeonato como forma de humilhar os adversários, o que é uma gritante violação do fair play, abalando a imagem e credibilidade das competições além de constituírem um sério risco de potenciação do gérmen de fenómenos de violência desportiva.”
Neres defendeu-se, explicando que tais expressões foram proferidas em “contexto de euforia pela conquista do título de campeão nacional”, mas o CD lembra que foram indidentificados dois colegas de profissionais. “Ao prestar as declarações em causa, teve intenção e quis diretamente humilhá-los.”
Fonte: Record.pt